quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Classificação das Plantas Apícolas

Olá meus amigos!

Vamos conhecer um pouco sobre a classificação das plantas apícolas

Classificação das plantas apícolas (quanto à produtividade)

1. Flora apícola principal.
Constituída pelas plantas de maior fluxo nectarífero, normalmente formam pastos densos, com floradas prolongadas.
Exemplo: eucalipto, laranjeira, capixingui, angico e etc.;

2. Flora apícola secundária ou flora de manutenção.
É formada por aquelas plantas que fornecem menor quantidade de néctar e pólen, servindo apenas para a manutenção da colmeia.
Exemplo: ervas daninhas e algumas frutíferas (guanxuma, goiabeira, picão-preto, e etc.);

3. Flora apícola terciária (florada eventual).
São aquelas plantas que só produzem fluxo de pólen e/ou néctar quando bem representadas.
Exemplo: astrapéia, caliandra, amor-agarradinho e etc.;

4. Flora apícola quaternária (culturas).
O principal objetivo do uso das abelhas na visita destas flores é a realização da polinização. A presença de néctar e pólen na flora quaternária é bastante variável, e ainda existe o risco de contaminação das abelhas devido ao uso comum de agrotóxicos nestas culturas, portanto, cuidados se fazem necessários para esse tipo de exploração.
Exemplo: feijão, girassol, soja, citrus, melancia, melão e etc.

Calendário apícola
Deve-se enfatizar que de pouco vale uma excelente linhagem de abelhas, instaladas em colmeias de ótima qualidade, se a flora local não fornecer o alimento requerido. Por esta razão são fundamentais a identificação das plantas apícolas e a confecção de um calendário de floradas. Abaixo encontram-se algumas sugestões práticas para a confecção de um calendário apícola:

1. Observar as plantas que as abelhas visitam e buscar identificá-las;
2. Registrar a duração de florada de cada planta;
3. Relacionar o início e término das floradas com as mudanças climáticas;
4. Tipo de alimento fornecido às abelhas;
5. Comparar a atratividade das plantas que florescem simultaneamente;
6. Comparar os dados com a variação do mel armazenado nas colmeias.

Para evitar a superpopulação de abelhas para a flora local, recomenda-se colocar cerca de 49 colmeias por meliponário, entretanto, deve-se lembrar de sempre que quem determina o número de colmeias por meliponário, em cada região, é a flora apícola e a qualidade do pasto. Também se deve observar uma distância mínima de 3 km entre meliponários para o melhor aproveitamento do pasto apícola.
Em geral, os enxames são retirados das culturas quando caírem todas as pétalas das flores, visando-se com isto evitar:
1. A inatividade das abelhas numa zona onde não existam flores;

2. Evitar o envenenamento das abelhas por pulverizações que possam ser realizadas próximas à cultura.


Então é isso amigos, mais algumas dicas para ajudar as nossas ASF. 


Até a próxima! 

terça-feira, 4 de julho de 2017

Xarope Fortificante

Olá pessoal!

Agora com a chegada do inverno é necessário que o meliponicultor dê uma atenção maior às suas colmeias, pois os níveis de alimentos oferecidos pela natureza estão relativamente baixo.

Então vamos a mais uma receita que vai ajudar muito as suas colmeias nessa época.

Xarope fortificante (receita para 2 litros)

-1,200 kg de açúcar cristal
-1 litro de água
-3 colheres de sopa de mel (qualquer tipo, mas preferencialmente os de ASF).
-2 colheres de chá de pólen de ápis
-1 limão (suco)

Coloque a água em um recipiente e leve ao fogo até ferver. Desligue o fogo e acrescente o açúcar, mexendo até ficar homogêneo (xarope). Após esfriar adicione os outros ingredientes e misture bem. Sirva para as abelhas logo em seguida.
Essa receita pode ser utilizada nas divisões de novos enxames.

*O xarope pode ser conservado até 10 dias na geladeira em recipiente fechado, porém, antes de servir para as abelhas, deverá ser retirado da geladeira e esperar ficar em temperatura ambiente.



Lembrando que os tipos de açúcar mais apropriados para o preparo do xarope são o cristal, o demerara (um tipo cristalizado de coloração escura, amarronzada) e o Gludex. O açúcar refinado possui muitos produtos químicos e deve ser evitado. O açúcar mascavo é difícil de ser dissolvido e geralmente possui algumas partículas insolúveis que não são aproveitadas pelas abelhas.
Seguindo a mesma proporção da receita, o meliponicultor prepara a quantidade de xarope que quiser, de acordo com a necessidade de suas abelhas.
O xarope deve ser introduzido nas colônias com alimentadores específicos. Existem vários modelos para esta finalidade. O modelo aqui indicado é recomendado por ser barato e acessível: trata-se de um simples recipiente de plástico (copinhos), com tamanho compatível ao espaço da colônia, variando de 100 a 300 ml. É importante que o recipiente seja de um plástico grosso, o que impede que seja destruído pelas mandíbulas das abelhas. No interior de cada recipiente devem ser colocados pedaços de palito de picolé, cera, cerume, ou pedaços de galhos, o que evita que as abelhas se afoguem no alimento.


Dependendo da intensidade da alimentação, o xarope é armazenado pelas abelhas em potes de cerume. Caso fique muito cheia, outra melgueira vazia deve ser introduzida, evitando que o espaço cheio de alimento seja exposto com as frequentes alimentações.
Muitas dúvidas de meliponicultores iniciantes é sobre a quantidade e a frequência de fornecimento do trato, sendo que, na verdade, não existe uma fórmula exata. Depende do grau de desenvolvimento da colônia alimentada e, principalmente, da disponibilidade de tempo do meliponicultor.
Colônias muito populosas podem receber mais alimento, enquanto colônias fracas devem receber menos. O ideal é que cada caixa receba uma quantidade de alimento que as abelhas sejam capazes de consumir em no máximo 1 dia. Isso evita que o xarope fermente dentro da colônia, matando várias abelhas. Com tempo e experiência o meliponicultor aprende a dosar a quantidade certa em cada colmeia. Uma boa quantidade para começar é 200 ml.
A frequência de alimentações depende dos mesmos fatores. Existem colônias que podem, tranquilamente, ser alimentadas diariamente. Mas dificilmente um meliponicultor tem tempo de fazer este trabalho todos os dias. Alimentar uma vez por semana é uma ótima frequência. Mas não se preocupe se passar de uma semana, sempre que tiver tempo para alimentar, o xarope será bem vindo!

É importante destacar que o meliponicultor focado na produção de mel não deve alimentar suas colônias na época de florada, pois o xarope armazenado altera as características naturais do mel que vai ser colhido. Recomenda-se que um mês antes do início da florada a alimentação seja suspendida.
O meliponicultor focado exclusivamente na produção de colônias, entretanto, pode alimentar suas colônias o ano todo, já que o mel não vai ser comercializado e o número de divisões possíveis de serem realizadas ao longo do ano pode ser maior com o apoio da alimentação. 

Então é isso pessoal, vamos ajudar as nossas abelhas nesta época de dificuldade de encontrar alimentos. 

Até a próxima! 

sábado, 3 de junho de 2017

Caixas para ASF

Bom dia caros amigos!


Estou iniciando a produção em casa de caixas para abelhas sem ferrão. Já estou me preparando para a chegada da primavera, pois serão feitas várias divisões de colmeias. 





Aproveitei para fazer um cachorro de madeira de enfeite, futuramente será uma luminária.



Em breve postarei fotos de mais caixas já prontas para receber as colmeias.


Até a próxima! 

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Ipê-de-Jardim

Olá meus amigos!

Vamos conhecer um pouco sobre o Ipê-de-jardim, uma árvore que produz flores lindas e que são ótimas para as abelhas.


Origem
Com o nome científico de Tecoma Stans, o Ipê-de-jardim é conhecido popularmente como: sinos-amarelos, ipêzinho-de-jardim, ipê-mirim, ipê-amarelo-de-jardim, guarã-guarã, carobinha, bignônia-amarela e amarelinho.
Esta planta sobrevive nos climas: tropical, subtropical, oceânico e equatorial e é originária do México, Estados Unidos, América do Sul e América do Norte.

Características
Rústico, o Ipê-de-jardim pode atingir de 4 a 6 metros de altura, requer sol pleno, solo fértil – enriquecido com matéria orgânica – e regas nos períodos secos. Tolera geada e propaga-se por sementes e estaquia.
É uma árvore perene, ou seja, bastante durável. Contém folhas com bordas serrilhadas e flores tubulares, amarelas, semelhantes às do ipê-amarelo e fornece uma grande quantidade de néctar e pólen. A florada é mais intensa nos meses mais quentes, no entanto pode permanecer também no outono e começo do inverno, sendo de grande auxilio para as abelhas, pois outono e inverno são as épocas com mais escassez de pólen e néctar.
Apesar de ornamental, o ipê-de-jardim é considerado perigoso. Trata-se de uma planta invasora, que inutiliza pastagens e prejudica a regeneração de espaços degradados. Isso ocorre devido à sua imensa capacidade de gerar sementes viáveis e ao seu desenvolvimento rápido. Por essa razão, deve-se tomar cuidado para que as sementes não se espalhem muito.


Cuidados e cultivo do Ipê-de-jardim
·         Como foi dito acima, o Ipê-de-jardim requer sol pleno. Assim, busque por um local ensolarado e bastante drenado para o cultivo;
·         Devido a seu porte pequeno, o cultivo é recomendado na arborização de jardins e de zona urbana;
·         O melhor clima para plantio é o quente e úmido;
·         O plantio por sementes é muito fácil, pois as sementes germinam facilmente entre 14 e 21 dias.


·         Por estaquia deve ser escolhido um galho jovem, retirar as folhas e inseri-lo no solo preparado.
·         Quanto à poda, a espécie aceita bem. Quem pretende conduzi-la como arvoreta – um pouco maior que um arbusto –, precisa fazer podas de formação. Para isso, corte brotações laterais e deixe o principal. Um bom período para podar o ipê é em janeiro. Com florada abundante e raízes não agressivas, é uma espécie que rebrota rapidamente após as podas;
·         Se a planta for jovem, deve-se conservar o solo úmido, mas não muito molhado. O indicado é regar duas vezes por semana. Se for adulta, procure regar apenas em períodos de estiagem de longa duração;
·         Seu cultivo não requer grandes esforços. Basta fornecer solos com boa drenagem, do tipo areno-argiloso. Faça uma cova de 40×40 e, com a terra retirada, misture 10 colheres de sopa de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), fórmula 04-14-08;
·         Procure deixar um bom espaço para a planta, pois, por ser uma perene, o Ipê-de-jardim acaba não sendo uma boa opção para canteiros de flores. Desse modo, o indicado é que se faça o cultivo mais ao fundo do canteiro.


Então é isso pessoal, mais uma dica de uma árvore fácil de plantar e que ajudará muito as nossas abelhas.



Até a próxima!

terça-feira, 2 de maio de 2017

Mandaçaia

Olá amigos!

Vamos conhecer um pouco sobre uma outra espécie de abelha sem ferrão... a Mandaçaia.


Mandaçaia (Melípona Quadrifaciata Quadrifaciata e Melípona Quadrifaciata Anthidioides) - MQQ e MQA

Existem duas subespécies de Mandaçaia: Melípona Quadrifasciata Quadrifasciata, que possui quatro listras amarelas sobre o dorso negro, e Melípona Quadrifasciata Anthidioides, também conhecida como Melípona Mandaçaia, que também possui as quatro listras, mas interrompidas no meio.


A Mandaçaia MQA é encontrada ao longo da costa atlântica desde o norte até o sul e também no estado de São Paulo, e a Mandaçaia MQQ é mais encontrada no Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil.
A Mandaçaia Melípona Quadrifaciata Quadrifaciata habita regiões mais altas e mais frias, devido ao seu tamanho avantajado, média de 11 mm e corpo mais robusto e volumoso do que o da Apis, pouco antes de clarear o dia é bem intenso o trabalho de coleta, possuindo um bom controle de temperatura corporal, o que lhe permite viver em lugares mais frios.

As espécies de Mandaçaia em geral, constroem seus ninhos em ocos de árvores vivas ou mortas, numa altura média. A entrada do ninho é construída com uma mistura de barro, saliva e resina extraída das plantas, na parte externa do buraco de entrada elas constroem sulcos radiais, sendo que nesse buraco passa apenas uma abelha por vez. A partir da entrada, é encontrado um túnel, de até 20 cm feito com geoprópolis de cor mais clara, terminando no ninho. O ninho é envolvido por um invólucro constituído de cera e própolis, com a finalidade de preservação da temperatura interna do ninho e de suas crias.
O ninho tem o formato de um ovo e as células de crias têm em média 1 cm de altura por 0,5 cm de largura feita com cerume. Os potes de alimentos medem cerca de 3 a 5 cm de altura por 1 a 3 de diâmetro e são ligados entre si, sendo encontrados em volta e em cima do ninho.
Uma colônia desta abelha possui uma população de até 600 abelhas. É considerada uma abelha muito mansa, mas costuma espantar os intrusos com movimentos bem intensos ao redor do inimigo chegando até a encostar, e, para quem não conhece se assusta facilmente.


Em colônias de Mandaçaias, as operárias têm seus ovários desenvolvidos e muitas vezes fazem postura. Essas posturas podem ser efetuadas antes ou após a postura da rainha, geralmente, ovos de operárias postos antes da postura da rainha, são comidos pela própria rainha e os ovos postos após a postura da rainha, dão origem a zangões, isto porque a larva do macho se desenvolve mais rápido do que a da fêmea e acaba comendo o ovo posto pela rainha.

Mandaçaia Mestiça
Em várias espécies de abelhas sem ferrão, podemos observar casos em que certas espécies têm uma ligação para ocorrer à hibridação entre elas, ou seja, um macho de uma determinada espécie fecunda a rainha virgem de outra espécie, formando o que chamamos de uma subespécie Mestiça.

Uma espécie muito conhecida por isso são as Mandaçaias, onde há um cruzamento da MQQ com a MQA, modificando sua aparência de forma que ela tenha características de cada uma das duas espécies.
Observe na foto abaixo um exemplar de cada espécie, sendo a primeira da esquerda para a direita a Melípona Quadrifasciata Quadrifasciata (MQQ), a segunda uma Melípona Quadrifasciata Anthidioides (MQA) e a terceira é a espécie híbrida (Mestiça), onde suas listras no abdome ficam com as características de ambas.  


Com certeza a Mandaçaia Mestiça aderiu as melhores características de cada uma das espécies, fazendo potes de alimentos grandes igual à MQQ, não sessando a postura durante o pico de inverno igual à MQA, sendo uma abelha de grande porte, a rainha fazendo uma postura muito boa, seus discos de cria são de excelente diâmetro e a população dos enxames está sempre em grandes quantidades e com certa agressividade, o que é difícil de relatar nas espécies.



Então é isso pessoal...
Espero que este post ajude vocês na escolha da espécie para o seu meliponário.


Até a próxima.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Fortalecimento de Colônias - Xarope

Olá meus amigos! 

Neste post estarei explicando como auxiliar as colmeias no seu desenvolvimento fornecendo o xarope. 

Tanto para salvar quanto para aumentar e melhorar o desenvolvimento de uma colônia, devemos realizar alguns procedimentos que fazem muita diferença.
Alimentar colônias de abelhas não tem o mesmo significado de sobrevivência aplicável à criação de outros animais, os quais dependem de ração, capim, frutas, etc., quando domesticados e confinados. Uma vez que as campeiras são livres para ir e vir, e produzir o próprio alimento, considera-se que a criação de abelhas é uma semi-domesticação.
Por conta disso, a alimentação induzida às colônias de abelhas é tratada como “alimentação complementar”. Seu principal objetivo é dar suporte ao desenvolvimento das colônias. Ao receberem uma fonte alternativa de alimento, as operárias economizam a energia que gastariam para coletar néctar ou pólen no campo, podendo assim, apoiar outras atividades essenciais, como defesa, limpeza, organização e suporte às atividades de postura da rainha.
A alimentação complementar não é obrigatória, pois como já foi dito, as abelhas não dependem dela para sobreviver. Entretanto, a maior parte dos meliponicultores modernos são adeptos à sua utilização, uma vez que os resultados obtidos, principalmente com vistas à produtividade, são muito positivos.
A alimentação complementar deve ser aplicada principalmente nas épocas de entressafra, ou seja, nos períodos do ano em que a disponibilidade de flores na natureza (florada) é pequena. O período de entressafra varia de acordo com a região e, portanto, seu conhecimento deve ser buscado com criadores de abelhas experientes ou observação das plantas e colônias ao longo do ano.
O produto mais utilizado para alimentar as abelhas sem ferrão é um tipo de xarope de açúcar, ou seja, um “substituto” do mel, fonte de carboidratos – energia – para as abelhas. Meliponicultores e cientistas têm pesquisado alternativas de alimentação proteica equivalentes ao pólen. Entretanto, ainda não existem receitas consagradas, e o uso na meliponicultura, de forma geral, não é difundido.
Existem várias receitas de xarope, porém a receita que é mais bem aceita e recomendada pelos meliponicultores é a receita simples de açúcar. Vamos citar algumas das receitas abaixo:

Xarope simples de açúcar

-500 gr de açúcar cristal
-500 ml de água
½ limão (suco)

Coloque a água em um recipiente e leve ao fogo até ferver. Desligue o fogo e acrescente o açúcar, mexendo até ficar homogêneo (xarope). Após esfriar adicione o suco do limão e misture bem. Sirva para as abelhas logo em seguida.
 O limão contém ácido cítrico, e esse ácido é capaz de desdobrar a sacarose do açúcar em glicose mais frutose, facilitando assim, o trabalho digestivo das abelhas.
Essa é a receita mais utilizada pelos meliponicultores.

*O xarope pode ser conservado até 10 dias na geladeira em recipiente fechado, porém, antes de servir para as abelhas, deverá ser retirado da geladeira e esperar ficar em temperatura ambiente. 
Meu conselho é que faça a quantidade exata para o fornecimento no mesmo dia, sem a necessidade de guardar na geladeira, pois assim não correrá o risco de fornecer xarope fermentado devido algum descuido. 

Então é isso amigos, dúvidas fiquem a vontade de me perguntar. 


Até a próxima! 

segunda-feira, 20 de março de 2017

Meliponário Irmãos Nocete

Olá amigos!

No dia 26/02/2017 (Domingo) eu tive a felicidade de receber em casa alguns amigos que também se interessaram nas abelhas sem ferrão. Então dei uma breve aula de transferência de Jataí do ninho-isca para a caixa racional e também de como fazer um ninho-isca. Aproveitei para mostrar outras espécies que tenho no meliponário e também explicar e tirar dúvidas sobre as ASF.

Não há nada mais prazeroso do que transmitir o nosso conhecimento e ensinar as pessoas a preservarem a natureza. 









     Juliana, Ana e Bruno



Luzeni e Lupércio


Agradeço a todos!
Abraços!

Até a próxima. 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Transferência de caixas de Jataí

Olá amigos!

Mais uma transferência de Jataí da caixa velha para a caixa nova.



Como podemos ver, a caixa é muito velha e com tamanho desproporcional para a espécie de abelha. A caixa tinha mais de 20 anos de uso e infelizmente estava sendo consumida pelos cupins.







Nesta última foto, podemos ver a rainha já na caixa nova.







Agora com a nova moradia elas poderão viver tranquilamente sem o ataque dos cupins e também não terão a necessidade de produzir muita cera para preencher a caixa toda e manter a temperatura do ninho. 


Até a próxima!

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Importância das Abelhas

Pouco conhecidas pela maioria das pessoas, as abelhas sem ferrão são nativas e recebem esse nome por possuírem o seu ferrão atrofiado. Além de produzirem um delicioso mel (considerado medicinal) essas abelhas desempenham um papel fundamental como polinizadores, garantindo a sobrevivência de plantas nativas e cultivadas. Apesar da sua grande importância ecológica, muitas espécies de abelhas sem ferrão estão sendo dizimadas, seja pelo desmatamento e queimadas ou o uso de agrotóxicos.
As abelhas sem ferrão são nativas das regiões tropicais. No Brasil, eram bastante comuns até a introdução das espécies Apis mellifera, das variáveis europeias, italianas e africanas, que passaram a dominar a produção nacional de mel.
O crescimento da apicultura comercial fez com que a meliponicultura fosse pouco a pouco perdendo força, mantendo-se apenas como tradição em algumas regiões do país.

Entre os insetos, existem dois grupos que ocupam uma posição destacada de valor econômico para o homem: o bicho-da-seda, por produzir uma fibra de alto valor comercial, e as abelhas, pela produção do mel. Apesar de serem predominantemente conhecidas como produtoras de mel, as abelhas também fornecem cera, própolis, pólen, geleia real, entre outros, e podem ser criadas para a exploração destes produtos. Economicamente, não são importantes somente pelos produtos que nos fornecem. Estima-se que um terço da alimentação humana dependa direta ou indiretamente da polinização realizada por abelhas.

Polinização

A polinização é o ato da transferência de células reprodutivas masculinas – ou seja, grãos de pólen que estão localizados nas anteras de uma flor – para o receptor feminino (ou estigma) de outra flor. Pode-se dizer que a polinização é o ato sexual das plantas. Este processo, em especial o transporte de pólen, é realizado durante as visitas das abelhas às flores para coleta de alimento.
Sem polinização, as plantas não produziriam sementes e frutos, e não se reproduziriam para garantir o crescimento e a sobrevivência da vegetação nativa, ou a produção de alimentos. Se por um lado as abelhas são fundamentais para a sobrevivência das plantas, estas são imprescindíveis para a sobrevivência das abelhas, já que lhes oferecem alimentação e moradia.

O pólen e o néctar são os alimentos oferecidos pelas flores. O pólen é a principal fonte de proteínas, lipídios e vitaminas para as abelhas, enquanto o néctar – transformado em mel – é a principal fonte de carboidratos e energia. 



“Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais, não haverá raça humana.”

Albert Einstein (1879/1955)



Vamos preservar todas as espécies de abelhas, pois como podemos observar, sem elas teremos apenas mais quatro anos de vida! 


Até a próxima!