terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Importância das Abelhas

Pouco conhecidas pela maioria das pessoas, as abelhas sem ferrão são nativas e recebem esse nome por possuírem o seu ferrão atrofiado. Além de produzirem um delicioso mel (considerado medicinal) essas abelhas desempenham um papel fundamental como polinizadores, garantindo a sobrevivência de plantas nativas e cultivadas. Apesar da sua grande importância ecológica, muitas espécies de abelhas sem ferrão estão sendo dizimadas, seja pelo desmatamento e queimadas ou o uso de agrotóxicos.
As abelhas sem ferrão são nativas das regiões tropicais. No Brasil, eram bastante comuns até a introdução das espécies Apis mellifera, das variáveis europeias, italianas e africanas, que passaram a dominar a produção nacional de mel.
O crescimento da apicultura comercial fez com que a meliponicultura fosse pouco a pouco perdendo força, mantendo-se apenas como tradição em algumas regiões do país.

Entre os insetos, existem dois grupos que ocupam uma posição destacada de valor econômico para o homem: o bicho-da-seda, por produzir uma fibra de alto valor comercial, e as abelhas, pela produção do mel. Apesar de serem predominantemente conhecidas como produtoras de mel, as abelhas também fornecem cera, própolis, pólen, geleia real, entre outros, e podem ser criadas para a exploração destes produtos. Economicamente, não são importantes somente pelos produtos que nos fornecem. Estima-se que um terço da alimentação humana dependa direta ou indiretamente da polinização realizada por abelhas.

Polinização

A polinização é o ato da transferência de células reprodutivas masculinas – ou seja, grãos de pólen que estão localizados nas anteras de uma flor – para o receptor feminino (ou estigma) de outra flor. Pode-se dizer que a polinização é o ato sexual das plantas. Este processo, em especial o transporte de pólen, é realizado durante as visitas das abelhas às flores para coleta de alimento.
Sem polinização, as plantas não produziriam sementes e frutos, e não se reproduziriam para garantir o crescimento e a sobrevivência da vegetação nativa, ou a produção de alimentos. Se por um lado as abelhas são fundamentais para a sobrevivência das plantas, estas são imprescindíveis para a sobrevivência das abelhas, já que lhes oferecem alimentação e moradia.

O pólen e o néctar são os alimentos oferecidos pelas flores. O pólen é a principal fonte de proteínas, lipídios e vitaminas para as abelhas, enquanto o néctar – transformado em mel – é a principal fonte de carboidratos e energia. 



“Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais, não haverá raça humana.”

Albert Einstein (1879/1955)



Vamos preservar todas as espécies de abelhas, pois como podemos observar, sem elas teremos apenas mais quatro anos de vida! 


Até a próxima!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Forídeos


Sem dúvida alguma, os parasitas mais perigosos para as abelhas sem ferrão são os forídeos, pequenas moscas do gênero Pseudohypocera. Eles são os responsáveis pelas maiores dores de cabeça de um meliponicultor, causando muitas perdas de colônias e imensos desastres no desenvolvimento da colmeia.

Os forídeos são pequenas moscas que se movimentam muito rapidamente, conseguindo entrar nas colônias facilmente. Ao invadirem as colônias, as fêmeas destes insetos depositam seus ovos em potes de mel e pólen rompidos e favos de cria amassados, partidos ou melados, de onde nascem larvas pequenas e vorazes que se alimentam do mel e, principalmente, do pólen acumulado pelas abelhas, prejudicando os estoques de alimento da colônia e, ainda pior, as células de cria nas quais o pólen é estocado para a alimentação das larvas em desenvolvimento.


Estas mosquinhas são capazes de colocar muitos ovos em uma colônia parasitada. Como os ovos “amadurecem” muito rápido, as larvas infestam a colônia, e em poucos dias são capazes de eliminar uma colônia. Os forídeos na fase adulta causam pouco ou nenhum estrago nas colônias, os machos principalmente, só entram para se alimentar e vão embora, porém as larvas é que causam uma grande devastação nas colônias.
É no período chuvoso que os forídeos se reproduzem e atacam com mais intensidade. Portanto, é nas regiões e épocas mais úmidas que o meliponicultor deve investir mais atenção no combate as mosca.
A melhor forma de evitar problemas com forídeos é a prevenção. Colônias fortes e organizadas não são presas fáceis para o ataque dos parasitas, ou seja, a prevenção começa com o bom manejo das caixas. Populações fortes mantêm as frestas das caixas vedadas e realizam com mais eficiência o trabalho de defesa na entrada e no túnel de ingresso, impedindo a invasão e a infestação.
O pólen é o grande recurso buscado pelos parasitas dentro da colônia, portanto, o trabalho do meliponicultor no dia-a-dia (durante transferências, divisões, avaliações e coleta) deve buscar o mínimo dano possível aos potes de pólen. O mesmo vale para as células de cria verde, onde a presença de pólen é maior, já que as larvas ainda não o consumiram.
A rotina de visitas do meliponicultor ao meliponário também é importante para o combate aos forídeos. As vistorias periódicas realizadas nas colônias possibilitam ações imediatas a episódios de invasão, minimizando a probabilidade de infestação avançada.

A forma mais eficaz de combater os forídeos é instalando armadilhas de vinagre para a captura das moscas, antes que elas botem seus ovos nos potes de alimentos. A armadilha é simples de se fazer e o seu custo é muito baixo.
O vinagre tem um cheiro ácido, semelhante ao gerado pelo pólen exposto e/ou mel derramado, grande atrativo para as mosquinhas entrarem nas colônias atraídas pelo cheiro, acabando caindo dentro do líquido, onde morrem. Qualquer vinagre poderá ser utilizado, mas o vinagre que mais atrai os forídeos é o vinagre de maçã, pois ele é ácido igual os outros, mas tem um leve toque adocicado, como se fosse o mel da abelha.
Para fazer as armadilhas é muito simples. Basta fazer alguns furinhos na tampa de um recipiente que caiba em lugares acessíveis dentro caixa, geralmente são utilizados potinhos de gliter ou lantejola, preenchendo-o até a metade com vinagre e introduzi-lo em colônias atacadas. Em cada inspeção, o vinagre deve ser trocado, até que não apresente mais forídeos capturados. É importante que os furos sejam grandes o suficiente para a entrada dos forídeos, mas pequenos o suficiente para não permitir a entrada das abelhas, que também são atraídas pelo cheiro do vinagre. O mais indicado é que os furos tenham entre 2 a 3 mm de diâmetro.


As armadilhas também podem ser colocadas pelo lado de fora da caixa, mas o mais aconselhado é deixar dentro do módulo da melgueira, onde o meliponicultor poderá verificar e retirar com mais facilidade.
Durante a inspeção, o meliponicultor também deverá levar um pequeno arame ou prego que caiba nos furos da tampa da armadilha, pois as abelhas costumam fechá-los para proteger o “alimento” que está lá dentro.


É importante lembrar que as armadilhas só devem ser montadas em caso de presença de forídeos, caso contrário, ela atrairá os forídeos para o seu meliponário. Assim que o controle for feito e não tiver mais casos de forídeos, remova todas as armadilhas.

Uma técnica que está sendo adotada pelos meliponicultores é a instalação de túneis externos ou internos. Entradas extensas dificultam a invasão de forídeos e outros inimigos naturais, uma vez que pelo caminho extenso terá que passar por várias guardiãs. Essa técnica também reduz a entrada de ventos fortes para dentro do ninho. 

Então lembrem-se de sempre fazer o monitoramento em seu meliponário para verificar se há casos de inimigos naturais. 
Em breve falaremos um pouco mais sobre alguns deles. 


Até a próxima!




terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Jabuticabeira

Conhecida há mais de 400 anos, a jabuticabeira é 100% nativa do nosso país. Mas a beleza de uma jabuticabeira florida e cheia de frutos se estendeu para outras regiões e países sul-americanos. Trata-se de uma árvore de porte médio, podendo chegar a até dez metros de altura, dependendo da espécie.
A origem do nome jabuticaba vem do tupi, que significa: jabuti – espécie de réptil provido de carapaça, exclusivamente terrestre, muito confundido com a tartaruga; caba – lugar = Lugar do jabuti.
A jabuticabeira pode ser cultivada em jardins, quintais, pomares comerciais e também em vasos, como planta ornamental. É uma das frutíferas mais cultivadas, desde o Brasil Colônia, em pomares domésticos.
Mas, para plantar as sementes e vê-la dar frutos, é preciso ter paciência. Ela leva entre 10 e 15 anos para frutificar!

Ela se desenvolve bem tanto em regiões onde a temperatura média anual está em torno de 20ºC (Rio Grande do Sul) quanto em regiões onde a temperatura média anual está em torno de 30ºC (Pará). Só não suporta estiagens prolongadas e geadas fortes.
Há necessidade de irrigação diária para mantê-la saudável, mas em excesso também pode ser prejudicial ao desenvolvimento. Em regiões mais secas, ou períodos de estiagem, ela precisa de água extra para que se mantenha bonita e saudável.  
A jabuticabeira deve ser protegida de ventos dominantes, com a utilização de quebra-ventos. A jabuticabeira gosta de luz plena, sendo necessário o plantio em local onde receba a maior parte de luz do sol possível durante o dia todo.
De agosto a setembro e de janeiro a fevereiro podemos colher as jabuticabas, sempre adocicadas e saborosas. A frutificação é abundante, cobrindo o tronco, os galhos e, ocasionalmente, até as raízes descobertas.
As flores e os frutos crescem em aglomerados no tronco e ramos. Seus frutos pequenos, de casca negra e polpa branca aderida à única semente, são consumidos principalmente in natura, ou na forma de geleia, suco, licor, aguardente, vinho e vinagre.
A safra, mesmo abundante, dura pouco, mas a jabuticabeira tem uma grande longevidade, demorando a dar os primeiros frutos, mas quando começa não para mais! Quanto mais velha, melhor e mais produtiva fica.
Floresce duas vezes ao ano, de julho a agosto e de novembro a dezembro, ganhando função ornamental com a beleza das flores brancas e perfumadas que surgem diretamente do caule.
A sua florada é bem intensa, sendo muito atrativa para as abelhas de várias espécies. As suas flores contém uma grande quantidade de néctar e pólen, sendo uma das melhores árvores para o fornecimento de uma grande quantidade de alimento para as abelhas.
Em suas floradas é possível ver uma chuva de pólen caindo devido à polinização das abelhas. Em cada florada as colmeias conseguem juntar uma grande quantidade de alimento, fazendo um grande estoque de mel e pólen, aumento em grande escala o desenvolvimento do enxame.



Existem diversas qualidades de jabuticabeiras e de jabuticabas, uma verdadeira coleção que alcança de 12 a 15 variedades diferentes. Cerca da metade delas é bem produtiva; a outra metade, nem tanto. A principal e mais cultivada é a JABUTICABA SABARÁ, sendo a mais apreciada e doce das jabuticabas e a mais intensamente plantada. É de crescimento médio, mas muito produtiva. Frutos miúdos, de epicarpos finos, muito saborosos, mas de maturação precoce.
As flores e os frutos crescem em aglomerados no tronco e ramos. Seus frutos pequenos, de casca negra e polpa branca aderida, geralmente, a uma única semente, são consumidos principalmente in natura, ou na forma de geleia, suco, licor, aguardente, vinho e vinagre.
No Brasil, é encontrada na Bahia, Pernambuco, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. Mais comum em planícies aluviais de beira de rios e em baixadas da mata pluvial e das submatas de altitude, principalmente de pinhais; é rara na mata primária sombria.

PLANTIO

ÉPOCA - Desde que haja meios de irrigação, o cultivo de jabuticabeiras pode ocorrer o ano todo. Porém, recomenda-se iniciar a atividade na época das chuvas. Elas se dão bem em regiões de clima ameno e tropicais com períodos de temperatura baixa.

LOCAL - Para o plantio, os solos devem ser férteis e profundos. Também é indicado que tenham boa umidade, em especial na época da floração e frutificação. Os espaçamentos podem variar de 7 x 7, 7 x 8 e 8 x 8 metros em pomares comerciais. Quando o cultivo ocorrer em quintais, chácaras ou mesmo em locais com área restrita, as medidas podem ser diminuídas para 5 x 5 ou 6 x 6 metros.

PROPAGAÇÃO - O método mais rápido é o da enxertia em estaca, que permitem iniciar a produção em quatro ou cinco anos. A propagação pode ser também por sementes, mas é um processo mais demorado.
Sementes: O local não pode ser arenoso, o correto é plantar em saquinhos plásticos ou vasos profundos, com no mínimo 30 centímetros de profundidade, com terra vegetal e esterco bovino bem curtido. O ideal é plantar a semente ainda com a poupa fresca, retirando somente a casca. Faça uma cova de 5 centímetros e deposite a semente, cobrindo-a. Mantenha a terra sempre úmida. A germinação ocorre entre 15 e 20 dias. A muda deve ser mantida na sombra, mas com bastante luz, pegando apenas o sol da manhã até no máximo às 9 horas da manhã.
Enxerto: Para começar o enxerto é preciso uma árvore jovem e saudável, que irá servir para o transplante, e um galho de uma jabuticabeira mais velha e produtiva, que dê bons frutos, para servir de enxerto. Os materiais necessários são: fitilho, fita de cera, alicate e faca.
A faca será utilizada para descascar a ponta do galho que será enxertado. O fitilho tem a função de fixar o galho de enxerto no caule da árvore jovem, para que eles se fundam, e a fita de cera será amarrada no galho enxertado, garantindo que ele não receba umidade, já que isso atrapalharia o processo.
A enxertia de jabuticaba pode ser feita o ano todo, mas é melhor evitar os meses muito frios. As frutas começam a nascer de dois a cinco anos depois do enxerto.

TRANSPLANTE - Com 50 a 70 centímetros, as mudas estão prontas para o transplante. Trinta dias antes, porém, aumente a exposição delas ao sol para uma climatização. Escolha dias nublados para levar as mudas até as covas de 60 x 60 x 60 centímetros, tamanho que facilita o desenvolvimento das raízes.

PODA - São necessárias apenas as podas de formação e de limpeza. Deixe a copa a 80 centímetros do solo e sem galhos secos e doentes para receber luz e ar em seu interior. Copas arejadas beneficiam a floração e a frutificação. Abundantes, as flores e os frutos podem ser desbastados para obter tamanho e forma padronizados, característica importante na hora das vendas.

COLHEITA - As jabuticabeiras frutificam em abundância, entre 50 e 200 quilos por planta. Contam com uma ou duas produções ao ano, entre agosto e setembro e janeiro e fevereiro. As frutas devem ser consumidas logo após a colheita, pois são difíceis de conservar e podem fermentar rapidamente.

A jabuticaba é uma fruta ideal; sua polpa possui poucas calorias e carboidratos, e possui grandes quantidades de vitamina C e outras vitaminas como a vitamina E, o ácido fólico, Niacina, Tiamina e Riboflavina. Possui ainda minerais como potássio, cálcio, magnésio, ferro, fósforo, cobre, manganês e zinco.
Um grande diferencial são as propriedades da sua casca, pois ela é rica em antocianidina, ou vitamina R, que dizem ser 50 vezes mais potente que a vitamina E e 20 vezes mais potente que a vitamina C. As antocianidinas são encontradas normalmente em frutas e flores com coloração que varia do vermelho e azul e estudos dizem que ela possui propriedades antioxidantes e ajuda a combater os radicais livres. Outra substância importante, contida na casca da jabuticaba, é a pectina, que é uma fibra solúvel.



Vamos conhecer alguns benefícios que esta deliciosa fruta pode nos trazer:

CASCA
A casca da jabuticaba tem Antocianidina: Como ela possui propriedade antioxidante e é capaz de reduzir e combater os radicais livres, que são responsáveis por inflamações, intoxicações e o envelhecimento da nossa pele, as antocianidinas podem trazer vários benefícios da jabuticaba, como:

Ajuda na recuperação da elasticidade e firmeza da pele, sendo uma boa combatente de rugas, e até mesmo podendo ajudar na queda de cabelo;
Auxilia na redução da produção de histamina, desta maneira, ela pode ajudar a aumentar a resistência do corpo, diminuir o colesterol ruim e combater os radicais livres;
As jabuticabas também ajudam a fortalecer os vasos sanguíneos, prevenindo doenças relacionadas a eles, como varizes e derrames;
Podem auxiliar na melhora da memória, pois protegem células do cérebro, sendo muito recomendadas para pessoas com idade mais avançada;
Melhoram a resistência física, incluindo a disposição energética e elasticidade muscular, e até mesmo podendo melhorar a visão;
Possuem propriedades anticancerígenas;
Por ajudar na estabilização da taxa de açúcar no sangue, podem ser muito recomendadas para diabéticos;
Sua propriedade anti-inflamatória pode ajudar a aliviar as dores da artrite e outras doenças inflamatórias;

Na casca também é encontrada a Pectina: Esta fibra solúvel tem a capacidade de reduzir a velocidade de absorção das propriedades dos alimentos conforme são ingeridos. Desta maneira, os benefícios da jabuticaba advindos da pectina são:
Além de também ser indicada para pessoas com hipoglicemia ou diabetes, por equilibrar o nível de glicose no sangue, contribui também para a desintoxicação do nosso corpo, pois auxilia na remoção de alguns metais pesados e substâncias tóxicas. Desta forma, melhora a função da vesícula biliar e diminui o risco de cálculos biliares;
A pectina também ajuda no combate de colesterol alto e da obesidade;
A pectina também pode auxiliar no funcionamento saudável do trato digestivo, proporcionando movimentos intestinais mais regulares e prevenindo contra a constipação e diarreia;
Se feito um chá da casca da jabuticaba e acrescentado mel (ou fazer um xarope), os benefícios da jabuticaba estendem para auxiliar pessoas com anemia, estresse, asma, bronquite, amigdalite, gripes e resfriados.

POLPA
O ferro contido na sua polpa pode combater a anemia;
O fósforo, juntamente com outros minerais, pode auxiliar no melhor desempenho do metabolismo de energia no nosso corpo; ele também ajuda a combater o estresse e a aumentar a imunidade do organismo;
A vitamina C é conhecida como uma aliada do nosso corpo no combate à gripe, também pode ajudar em infecções no geral, e ainda auxiliar em casos de alergia, asma, glaucoma, varizes, hipertensão arterial, anemia, fadiga crônica, etc.;
A Niacina, ou também chamada de vitamina B3, se não ingerida em quantidade suficiente, pode causar indigestão, erupções na pele e fraqueza muscular;
Como a polpa desta fruta possui altos níveis de minerais como o cálcio, potássio e magnésio, os benefícios da jabuticaba podem se estender aos nossos ossos e dentes, pois estes minerais ajudam a fortalecê-los, prevenindo de doenças mais graves, como a osteoporose;

Por possuir ácido fólico e ferro, esta fruta também pode ser muito recomendada para mulheres grávidas, pois pode auxiliar no crescimento e desenvolvimento do feto;




Como podemos ver a jabuticabeira é ótima em todos os sentidos, então vamos preservar a natureza e contribuir com o reflorestamento de árvores nativas! 

Plantem! Preservem! Cuidem! O planeta agradece! 


Até a próxima!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Transferência da caixa velha

Olá amigos!

Na semana passada eu mostrei como fazer a transferência do ninho-isca para a caixa racional, e hoje eu mostrarei como fazer a transferência da caixa racional velha, consumida pelos cupins, para a caixa racional nova.

No dia 07/01/17 (sábado) minha esposa Adrielly e eu fomos à cidade de Santa Rita do Passo Quatro, cidade vizinha, na casa do nosso querido amigo Sr. Emílio. Lá ele tinha uma caixa de Jataí que estava inteiramente consumida pelos cupins, atrapalhando o desenvolvimento das pobres abelhinhas e também correndo o risco de perder o enxame. Lembrando que a caixa possuía mais de 15 anos. Então nós fomos lá ajuda-lo a mudar o ninho das Jataís de caixa. Nós levamos a caixa racional modelo inteligente como presente.


O procedimento é basicamente o mesmo da transferência do ninho-isca para a caixa racional, a diferença é que o ninho já estava separado dos potes de mel e também exige um pouco mais de cuidado, pois a caixa estava inteira pregada e desmanchando devido o ataque de cupins.

Nós separamos todo o material necessário e deixamos tudo preparado para a transferência. Lembrando que escolhemos um dia quente, sem chuva e nem ventos. Retiramos a caixa velha do local e levamos para um local seguro para a transferência.


Retiramos os pregos das tampas com um martelo e retiramos as tampas. Assim pudemos ver em qual parte estava o ninho, parte mais importante de uma colmeia.


Como o ninho estava de difícil acesso por cima, foi necessário abrir a caixa pela frente, para que assim conseguíssemos retirar os discos de cria. Vejam a quantidade de pó de madeira deixado pelos cupins. 



Reparem nas fotos abaixo que no ninho não havia quase nada de cera, somente própolis e potes de pólen ao fundo. Como os cupins estavam acabando com a madeira da caixa, as abelhas foram tampando os buracos com própolis, reduzindo o invólucro do ninho de cerume.




Retiramos os discos de cria e depositamos na nova caixa para Jataí modelo inteligente. Como havia vários discos, foi necessário colocar no ninho e sobreninho da caixa nova. Adicionamos também cera alveolada, simulando o invólucro feito pelas abelhas, já que elas não tinham quase nada de cera para a proteção do ninho. Aproveitamos também o momento para localizar a rainha para levá-la na caixa nova junto com os discos de cria. 






Retiramos também todos os potes de pólen e colocamos na terceira gaveta da caixa nova.




Como a caixa estava com uma produção enorme de mel, conseguimos tirar somente o necessário para colocar nas outras duas gavetas restantes da caixa nova. Lembrando que adicionamos somente os potes que não estavam furados ou vazando, para não atrair inimigos naturais. O restante foi colocado em uma vasilha plástica para que a família do Sr. Emílio possa se deliciar com o irresistível e medicinal mel produzido pelas Jataís.




Colocamos um pouco de cera da caixa velha no orifício de entrada das abelhas, para que assim as campeiras achem com facilidade o seu ninho.
Fechamos a caixa e colocamos no mesmo lugar em que estava a caixa velha, assim todas as abelhas vão encontrar a casa nova.





Após 15 dias estaremos voltando lá para verificar o desenvolvimento das abelhinhas em sua nova casa.

Mais um trabalho realizado com sucesso.




Se alguém precisar de alguma informação ou ajuda, entrem em contato comigo através do meu e-mail ou deixando a pergunta abaixo do post, terei o prazer em ajudá-los! 


Até a próxima!!!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Transferência de Jataí

Feliz 2017 a todos! Que este ano seja mais um ano de vitórias, conquistas e bênçãos!

E para começar bem o ano, nada melhor do que fazer uma transferência de Jataí do ninho-isca para a caixa racional...

Essa isca foi pega no dia 17/10 na casa do meu querido amigo Marcello (Barbudinho).

Um exemplo de pessoa que não conhecia as Abelhas Sem Ferrão, mas foi só eu apresentar as espécies para ele que surgiu na hora um encantamento e interesse nessas maravilhosas abelhas. 
Fizemos um ninho-isca para vermos se conseguíamos capturar algum enxame de Jataí em sua casa.  Dito e feito... tivemos a felicidade de capturar o seu primeiro enxame na varanda de sua casa. E como presente pela captura, eu dei para ele a sua primeira caixa racional, onde será a nova moradia das abelhas. 


Esperamos passar no mínimo 2 meses e fizemos a transferência, como veremos abaixo: 

Primeiramente, escolhemos um dia quente, sem chuva e nem ventos. Separamos todo o material necessário para a transferencia e preparamos uma mesa firme para usarmos como apoio. 
Retiramos o ninho-isca do local sem movimentá-lo muito, deixando sempre na mesma posição, pois assim preserva os discos de cria. 


Retiramos toda a embalagem da isca cuidadosamente. 


Cortamos o fundo da garrafa, retirando-o por completo. Em seguida, abrimos a garrafa pelo meio, sempre com a menor ponta possível do estilete para não machucar o ninho. 



Retiramos os potes de mel e pólen cuidadosamente sem danificá-los e separamos na melgueira e sobreninho. 



Removemos cuidadosamente os discos de cria e passamos para o ninho da caixa racional, sempre mantendo a posição dos discos viradas para cima. Aproveitamos que a rainha estava entre os discos de cria e levamos o mais rápido possível para a caixa



Depois juntamos toda a cera que havia na isca e passamos para a caixa, colocando em volta do ninho e um pouco no sobreninho. Aproveitamos também para colocar um pouco de cera no orifício de entrada da caixa, tanto pelo lado de dentro, quanto pelo lado de fora, para que assim as campeiras achem com mais facilidade o seu novo ninho.





Juntamos os módulos da caixa e vedamos as frestas com fita crepe, para que assim não passe vento para dentro do ninho e também proteja as abelhas contra inimigos naturais. Aproveitamos também para acrescentar um copinho com palitos de sorvete dentro da melgueira, para adicionar o xarope posteriormente. 
Fechamos a caixa com a tampa e colocamos no mesmo lugar onde estava o ninho-isca, pois assim as campeiras que estavam perdidas vão encontrar o seu ninho e ajudar a arrumar a bagunça que fizemos. 



Colocamos também alguns pedaços de cera alveolada pelo lado de fora da caixa, para que assim as abelhas coletem e auxiliem na reforma do ninho. 
Será adicionado a cada 5 dias o xarope para auxiliar na alimentação das abelhas. 


Após 15 dias nós iremos abrir a caixa para vermos como está o desenvolvimento da colmeia. 


Então é isso pessoal, espero que este post possa auxiliá-los nas transferências de seu enxames capturados em ninhos-isca. 


FELIZ 2017!!!



Até a próxima!