quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Moringa Oleífera

Moringa Oleífera - Um Milagre da Natureza para Nossa Vida! 


A Moringa Oleífera (ou Moringa, (L.) Millsp. e Moringa pterygosperma, Gaertner) é uma planta da família das Moringáceas, mais conhecida simplesmente por Moringa, ainda que seja também vulgarmente designada como acácia-branca, árvore-rabanete-de-cavalo, cedro, moringueiro e quiabo-de-quina. Em Cabo Verde é conhecida como akásia-branka; em Timor, como morangue e na Índia como moxingo. É a espécie do seu gênero mais cultivada, sendo originária da Índia. 

Considerada por botânicos e biólogos um "milagre da natureza", pois, segundo pesquisas recentes, a Moringa Oleífera contêm mais de 92 nutrientes e 46 tipos de antioxidantes, além de 36 substâncias anti-inflamatórias e 18 aminoácidos, inclusive os 9 aminoácidos essenciais que não são fabricados pelo corpo humano. As folhas frescas contém nutrientes na seguinte proporção:

Sete vezes mais vitamina C que a laranja;
Dezessete vezes mais cálcio que o leite;
Dez vezes mais vitamina A que a cenoura;
Quinze vezes mais potássio que a banana;
Duas vezes mais proteína que o leite (cerca de 27% de proteína, equivalente à   carne do boi);
Vinte e cinco vezes mais ferro que o espinafre;
Vitaminas presentes: A, B (tiamina, riboflavina, niacina), C, E, e beta caroteno;

Minerais presentes: Cálcio, Cobre, Cromo, Ferro, Fósforo, Magnésio, Manganês, Potássio, Selênio e Zinco.

Por ser a única planta conhecida que floresce todo o ano, é, também, considerada melífera, própria para a criação de abelhas. Seu mel é considerado medicinal e alcança elevado valor no mercado europeu. As suas flores são muito utilizadas para alimentação de abelhas tipo Europa (Apis), Mamangava e também para as Indígenas Sem Ferrão, pois produzem muito néctar. Outra vantagem é que após a geminação da semente, a muda cresce de forma considerável rápida, e, em boas condições, em um ano já está produzindo flores para auxiliar na alimentação das abelhas.


Além do uso desta árvore para o auxilio na alimentação das abelhas, são vários os modos de utilização para o consumo humano, vejamos abaixo algumas dicas: 

SEMENTES
Das suas sementes pode-se extrair um óleo similar em qualidade ao azeite de oliva. Pela produção intensiva de flores e sementes, estudos recentes recomendam seu plantio para extração de biodiesel de suas sementes. As sementes verdes podem ser cozidas, igual ao feijão branco, soja, etc., sendo servidas na forma de salada.

FOLHAS
Suas folhas são comestíveis, tanto para os humanos, quanto para os animais. Podem, também, ser utilizadas em chás para uso contínuo. As folhas estão sendo muito utilizadas para alimentação de ovinos, caprinos, galinhas caipiras, coelhos e vacas leiteiras. 

FLORES
Das flores se faz um prato apreciado na Indonésia e Timor Leste, chamado makansufa. As flores são fritas em óleo de coco e imersas em leite de coco, sendo comidas com arroz ou milho. As folhas e flores podem, também, ser consumidas em vitaminas ou sucos com outros legumes, como beterraba, cenoura, ou frutas como a laranja, maçã, melão, mamão, caju, abacaxi, etc.
As flores também poderão ser utilizadas em um chá medicinal, recomendado para resfriados, de uso popular em vários países. O suco das flores ou folhas, pode compor caldos ou molhos na sua forma natural, para preservar vitaminas e sais minerais. É excelente no tratamento de redução de peso, e, por ser rica em nutrientes, facilita uma reeducação alimentar sem agressão ao corpo e ao metabolismo.
De suas folhas, flores ou sementes, pode-se extrair um produto utilizado como decantador no tratamento de água para consumo humano, similar aos produtos químicos utilizados pelas companhias de tratamento de água. As folhas maceradas em poças de água barrenta provocam rápida limpeza. Se não estiver contaminada, fica própria para o consumo. No Nordeste brasileiro esta planta já está sendo utilizada para este fim.

VAGENS
As vagens novas podem ser cozidas, igual a aspargos ou vagens de feijão. É bastante utilizada desta forma no Haiti.

CASCAS
De suas cascas retiradas do tronco se faz artesanatos, pois são muito maleáveis e próprias para moldar e fazer cestos, trançados, etc.. Pode ser processada para extrair uma fibra para a produção de tapetes. Sua seiva tem gosto adocicado.  A casca e a resina têm tanino, que é utilizado para o curtimento de couros para a fabricação de calçados, bolsas, vestuário, etc.

BATATAS
Pode-se plantá-la em canteiros como uma hortaliça, e quando a planta atingir cerca de 30 centímetros, arranca-se a planta e se extrai uma batata de suas raízes para o consumo alimentar. Tem gosto de rábano, próximo do rabanete, A seiva e a batata, tem todas as vitaminas da planta em concentração. Essa batata pode ser comida em saladas ou refogados. Ou mesmo em sucos de frutas ou legumes. Após esse período de 30 dias a batata desaparece e transforma-se na raiz da planta. Mas muito cuidado, a batata dever ser descascada, pois a casca da batata é tóxica, devendo ser retirada por inteiro. 

ORNAMENTAL
Em muitos países se planta a Moringa como ornamental, pois ela produz flores o ano inteiro, sendo a única planta conhecida com essa capacidade.

CELULOSE
Sua madeira é mole, mas é excelente para produzir celulose para fabricação de papel.

Como pudemos observar, a Moringa Oleífera é totalmente aproveitada e, por suas propriedades alimentícias, pode ser utilizada em tratamentos de desnutrição, pois é rica em proteína, vitaminas e sais minerais. Também pode ser utilizada no combate à obesidade e ao colesterol elevado, substituindo com nutrição equivalente, mas com muito mais vitaminas e sais minerais, a carne e vários outros alimentos que engordam ou que são ricos em gorduras saturadas.

A Moringa também pode ser plantada como forrageira, para alimentar carneiros, cabritos, coelhos, galinhas caipiras, vacas leiteiras. Plantam-se as sementes a cada 80 centímetros. Quando a planta atinge 80 centímetros de altura, cortam-se os ponteiros. Após nova brotação, vão surgir vários brotos. Quando eles atingirem 30 centímetros, cortam-se novamente todos os ponteiros, para que haja uma nova brotação. Assim a planta fica mais encorpada. Após essa segunda quebra de ponteiros, pode-se cortar os brotos e retirar as folhas para servir como alimento. Pela sua concentração de vitaminas e sais minerais, é um alimento nobre que ajuda a reduzir o custo da criação.

Na África, com milhões de pessoas com o vírus HIV e AIDS, a Moringa tem sido uma arma muito eficiente no combate aos efeitos debilitadores dessa doença e contra a desnutrição crônica em muitas regiões do continente Africano.
Resultados positivos ocorreram no tratamento de câncer da próstata, reumatismo, tumores, lúpus eritematoso, artrites e outras doenças autoimunes, hipertensão arterial, hepatite, mobilidade gastrintestinal, vírus Epstein-Barr, epilepsia, fadiga crônica, males causados pelo tratamento de câncer, tratamento pré-natal, de glaucoma, de má nutrição de adultos e crianças, de redução da obesidade, cura de irritação gastrointestinal, de dermatoses, de bronquites e de inflamações de mucosas em lactentes. As raízes são laxativas (laxante). A planta produz efeito renovador das células epiteliais, dos órgãos sexuais e do cérebro.
Estudos demonstraram que suas flores e sementes são muito eficientes contra dezenas de doenças, sendo: antidiarreica, anti-inflamatória, antimicrobiana, antiespasmódica, antidiabética, diurética, vermífuga, entre outras. 

Como plantar a Moringa Oleífera?

O plantio pode ser feito por sementes ou por estacas, detalhados abaixo:  
  

Sementes – O plantio pode ser feito em canteiros, diretamente no local definitivo ou em embalagens plásticas para o transplante.
A terra deve ser arenosa, na proporção 3 x 1 x 1, ou seja, 3 de terra para 1 de areia média ou grossa e 1 de composto orgânico (húmus ou esterco), pois a planta não gosta de solo encharcado, sendo tolerante a solos pobres. O aconselhável no caso da embalagem plástica é que seja inserido um pouco de cascalho no fundo, para auxiliar o escoamento da água.
Deve-se colocar de 2 a 3 sementes por cova/embalagem e cobrir com substrato ou terra vegetal.
Irrigar de 1 a 2 vezes ao dia, mas somente para umedecer a terra.
De 15 a 45 dias após o plantio ocorre a germinação da planta.
O seu crescimento é extremamente rápido, chegando ao seu porte arbóreo já nos primeiros meses após a semeadura.

Estacas – As estacas devem ser de pontas de galhos novos de aproximadamente 10 a 15 cm de altura, retirando todos os galhos e folhas contidos.
As estacas devem ser primeiramente plantadas em recipientes de plástico para o melhor acompanhamento.
A terra deve ser preparada da mesma forma utilizada para as sementes, adicionando os cascalhos no fundo do recipiente para o escoamento da água.
As estacas devem ser plantadas com aproximadamente 5 cm de profundidade.
Irrigar somente uma vez ao dia, somente umedecendo o solo.
Após a planta atingir 20 cm de altura é que poderá ser feito o transplante para o local definitivo. 

Esta árvore pode ser plantada em qualquer lugar, até mesmo nas cidades, pois as raízes só vão para o fundo, nunca para os lados, evitando quebrar calçadas ou construções. 
Com a poda constante é possível deixar a árvore da forma e tamanho que desejar, lembrando que ela pode chegar a até 12 metros de altura.  
Quando a muda estiver com 1 metro de altura poderá ser feito a primeira poda, retirando os ponteiros. Quando a planta soltar novos ponteiros e atingirem 30 cm de altura, deverá ser feita a nova poda de todos os ponteiros, mantendo a árvore de 1,5 a 2 metros de altura. Com esse procedimento a árvore fica mais robusta e mais fácil de coletar as folhas, flores e vagens. 


Como podemos ver, basta ter força de vontade para ajudar as abelhas e também as pessoas que vivem ao nosso redor. 

Plante pelo menos uma árvore de qualquer espécie e contribua com o meio ambiente!!!


                                                                                                                                 Até a próxima!


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